Anatomia e fisiologia: estudos fundamentais na formação médica
Medicina é uma das profissões mais desejadas e é fácil entender o motivo, já que a carreira proporciona grandes conquistas dentro de uma rotina muito gratificante.
As disciplinas de anatomia e fisiologia entram como base da formação médica na grade curricular, sendo essenciais para que o aluno consiga compreender por completo a dinâmica do corpo humano.
A integração entre anatomia e fisiologia é fascinante e cheia de curiosidades. Mas afinal, você sabe qual é a relação prática entre essas disciplinas na formação médica? Continue a leitura para descobrir como elas se complementam ao longo dessa jornada que é estudar a ciência do corpo humano!
- 1 O papel da anatomia e fisiologia na formação médica
- 2 Entendendo os sistemas corporais: uma abordagem funcional
- 3 Aplicações práticas da fisiologia na clínica médica
- 4 Como as disciplinas de anatomia e fisiologia são inseridas na grade curricular de medicina?
- 5 O futuro do ensino de anatomia e fisiologia
O papel da anatomia e fisiologia na formação médica
Anatomia e fisiologia são disciplinas abordadas já no primeiro ano de medicina, tendo períodos distintos e contínuos dedicados à elas. Isso pois juntas formam a base para a introdução do estudante no universo médico. Ou seja, é onde todo o entendimento sobre a dinâmica do corpo humano começa!
A anatomia, de forma objetiva, foca na organização estrutural do corpo humano, detalhando cada componente e classificando-os em grandes grupos, como a parte óssea, muscular e circulatória.
Enquanto a anatomia permite compreender a organização estrutural do organismo humano, a fisiologia complementa esse aprendizado, explorando o funcionamento adequado dessas estruturas. Juntas, essas matérias são essenciais para que o futuro médico entenda tanto a composição quanto os processos vitais do corpo.
Em fisiologia, por exemplo, o aluno consegue relacionar a função de cada estrutura que foi estudada na disciplina de anatomia e cada sistema, sendo também dividida em grandes grupos, como:
- Sistema nervoso central e periférico.
- Sistema respiratório.
- Sistema cardiovascular.
- Sistema digestório.
- E todos os outros que formam o corpo humano
Através deste fluxo o aluno consegue aprender de forma prática, interativa e ainda mais profunda, o que será fundamental para as próximas etapas dessa longa e gratificante jornada que são os 6 anos de medicina!
E se você ainda está se perguntando por quê incluir matérias que parecem ser tão complexas logo no início do curso, a resposta é simples… Imagina só o seguinte cenário: você entende como funciona um órgão, como o coração, mas não sabe, por exemplo, quais estruturas o formam. Isso poderia prejudicar um diagnóstico médico ou até mesmo inviabilizar um tratamento. Ou seja, as duas matérias devem caminhar juntas na formação médica, sendo complementares e essenciais uma à outra!
Leia mais: O que você precisa saber sobre o primeiro ano de Medicina!
O legado histórico de pioneiros da anatomia e fisiologia
A evolução do ensino nessas duas grandes áreas – anatomia e fisiologia, foi marcada por grandes nomes da história da medicina, como:
- Andreas Vesalius: que revolucionou o conhecimento anatômico através de seus métodos de estudo na área, sendo considerado o pai da anatomia moderna.
- Henry Gray: ganhou destaque por escrever o livro “Gray’s Anatomy”, com ilustrações detalhadas e precisas das estruturas anatômicas.
- René Laennec: o médico francês inovou a medicina ao inventar o estetoscópio – ferramenta essencial para exames físicos, como a avaliação de batimentos cardíacos e a respiração.
- William Harvey: ganhou destaque ao descrever corretamente a circulação sanguínea, sendo um grande marco para o avanço do entendimento da fisiologia humana.
- Leonardo da Vinci: seus estudos anatômicos detalhados foram fundamentais para a compreensão do corpo humano.
- Carl Linnaeus: estabeleceu a nomenclatura binominal, fundamental para a classificação dos seres vivos, incluindo agentes patogênicos como vírus e bactérias.
- Jean-Martin Charcot: teve grande importância na anatomia e fisiologia, além de muitos outros destaques. Um de seus estudos, em meados de 1880, buscou maior aprofundamento na Doença de Parkinson, tendo associação direta com anatomia e fisiologia para o entendimento da patologia.
A evolução do ensino de anatomia no Brasil e no mundo
O ensino de anatomia é reconhecido como essencial na formação médica, como já explicamos anteriormente. Mas, o que você provavelmente ainda não sabe é como essa história começou.
O ensino de anatomia humana no Brasil teve início no século XIX, após a chegada da Família Real. A primeira escola médica do país foi a Escola de Medicina da Bahia, fundada em 1808. No mesmo ano, surgiu a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, tornando-se a segunda instituição médica brasileira.
Ainda no século XIX a medicina no Brasil avançou com a modernização dos estudos e a criação de instituições renomadas, como a USP. Fundada em 1934, a Universidade de São Paulo (USP) passou a abrigar a prestigiada Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), que se tornou referência na formação médica no país.
Mas antes dessa história aterrissar em solo brasileiro, a história da medicina já acontecia em outros países. Escolas médicas europeias, por exemplo, já realizavam práticas de dissecação, sendo um marco que consolidou a anatomia como uma das bases fundamentais para o entendimento da fisiologia humana.
Instituições também marcaram a evolução da medicina no Brasil
Muitas instituições, associações, organizações e eventos desempenham papéis fundamentais na história da medicina até os dias de hoje. Estes nomes vão além do ensino anatômico, contribuindo para uma formação sólida e promovendo uma atuação ética e responsável. Se você é estudante de medicina ou está iniciando essa jornada agora, os seguintes nomes devem estar no seu radar como forma de apoio à sua formação:
- Organização Mundial da Saúde (OMS): apesar de sua atuação global, as diretrizes e orientações da OMS influenciam diretamente o ensino e a prática médica no Brasil.
- Ministério da Saúde: desempenha um papel essencial na educação médica, promovendo políticas públicas que garantem a qualidade da formação acadêmica.
- Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM): dedicada ao desenvolvimento e aprimoramento do ensino médico no Brasil, a ABEM contribui significativamente para a evolução dos estudos de anatomia e fisiologia e medicina de forma geral.
- Congresso Brasileiro de Anatomia: o evento proporciona uma valiosa oportunidade para a troca e aquisição de conhecimento entre profissionais e estudantes, impulsionando o avanço da ciência do corpo humano.
- Sistema Único de Saúde (SUS): com foco na saúde coletiva e acesso para todos os brasileiros, o SUS participa ativamente da formação de novos médicos, proporcionando oportunidades de aprendizado prático.
- Conselho Federal de Medicina (CFM): regula e orienta a prática médica no Brasil, estabelecendo normas éticas e profissionais. Além disso, o conselho federal contribui para a formação contínua dos médicos, garantindo a qualidade da educação e atuação na área.
- Conselho Regional de Classe (CRM): cada estado conta com um conselho regional, com o objetivo de garantir a atuação legal da medicina. Os CRMs de cada estado também contribuem para a formação médica ao oferecer orientação, promover a educação continuada e assegurar que os médicos mantenham altos padrões de competência e ética em suas práticas.
Esses são só alguns dos diversos nomes que fazem parte da rotina de estudantes de medicina e profissionais já formados. Conhecer seus papéis é essencial.
Entendendo os sistemas corporais: uma abordagem funcional
Agora que você já percebeu a importância de compreender anatomia e fisiologia para ser um médico de sucesso, vamos entender um pouco sobre a parte prática!
Conhecer cada um dos sistemas do corpo humano dentro da fisiologia e, claro, da anatomia, é a virada de chave para aprofundar o seu conhecimento. O corpo humano é composto por vários sistemas, como:
- Sistema respiratório: abrange as vias respiratórias superior (como a cavidade nasal, por exemplo) e inferior (incluindo o pulmão).
- Sistema cardiovascular: formado pelo coração e vasos sanguíneos, como artérias e veias. Aqui você vai entender além dos átrios e ventrículos, aprofundando em cada parte e em como elas se complementam quando o assunto é o funcionamento – ou seja, a fisiologia. Com isso, no futuro será possível compreender as doenças cardiovasculares e seus mecanismos.
- Sistema nervoso: dividido em central e periférico. O sistema que comanda o ser humano também deve ser estudado de forma minuciosa quando o assunto é anatomia e fisiologia!
- Sistema digestivo: encarregado da digestão de alimentos e substâncias, assim como a absorção para a nutrição do organismo.
- Sistema endócrino: regula a produção de hormônios.
Compreender o funcionamento dos órgãos e os mecanismos biológicos do corpo humano é essencial para que, ao concluir o curso o aluno esteja apto a atuar como médico. Mas isso começa ainda antes da formação, no internato, onde o aluno consegue aplicar as habilidades clínicas adquiridas ao longo da graduação.
Aplicações práticas da fisiologia na clínica médica
É evidente que o estudo da fisiologia é a base para a compreensão das patologias (doenças) que podem acometer o corpo humano. Os exemplos de como isso acontece são imensuráveis, já que embora a Classificação Internacional de Doenças (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS) liste cerca de 55 mil doenças, não existe uma quantidade exata de doenças existentes no mundo.
Então já que o assunto é bastante amplo, que tal utilizarmos um exemplo de uma das doenças mais comuns nos tempos atuais? Você com certeza já ouviu falar em Diabetes, certo? Então vamos lá…
Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, mais de 13 milhões de Brasileiros têm a doença – representando praticamente 7% da população.
A Diabetes ocorre quando o organismo não consegue regular bem os índices de insulina. E onde a fisiologia entra nessa história? O corpo humano possui diversas vias metabólicas, que são estudadas na faculdade através da fisiologia e bioquímica, por exemplo com o mapa metabólico – que indica todas as vias metabólicas e suas devidas conexões. Agora imagina só ter que tratar um paciente sem entender o mecanismo da doença? Para isso, o primeiro passo é compreender a anatomia e fisiologia, para compreender como tudo acontece quando o organismo está em perfeita homeostase.
Saiba mais sobre Diabetes com o Ministério da Saúde!
A importância da homeostase no equilíbrio do corpo humano
E se você está se perguntando o que é homeostase, calma que a gente te explica!
Embora o nome pareça complexo, o conceito de homeostase se refere ao funcionamento estável do corpo. Ou seja, é basicamente a forma na qual os mecanismos biológicos devem acontecer para que ocorra o funcionamento correto dos sistemas corporais.
Esse equilíbrio envolve, por exemplo, a regulação de fatores como temperatura, pH, níveis de glicose e pressão sanguínea. Quando há um desequilíbrio, o organismo ativa mecanismos de compensação para restaurar a estabilidade, garantindo a sobrevivência e a saúde. É aí que surgem as patologias, que você também irá estudar na graduação.
Como as disciplinas de anatomia e fisiologia são inseridas na grade curricular de medicina?
Na faculdade de medicina o aluno tem ambas as disciplinas divididas em blocos, jpa que, como explicamos anteriormente, abordam assuntos muito amplos e complexos.
Isso pode ser feito por exemplo da seguinte forma: anatomia I, anatomia II, anatomia III, sendo que o mesmo ocorre com a fisiologia.
A Fisiologia pode ainda estar inserida dentro da grade curricular com outros nomes a depender da instituição de ensino, como “Função e Disfunção de Sistemas”, sendo que a função se refere à parte de entender a fisiologia do organismo – ou seja, como deve ser o funcionamento correto. Já em “disfunção” o aluno aprofunda seus conhecimentos em patologia.
De toda forma, o mais importante é entender que cada etapa do curso é pensada para que o aluno consiga ter uma formação sólida e eficaz!
O futuro do ensino de anatomia e fisiologia
A medicina como um todo e, claro, o ensino de anatomia e fisiologia estão em constante transformação, com a introdução de tecnologias que tornam o aprendizado cada vez mais dinâmico e eficiente. Com isso, formas de estudar anatomia e fisiologia evoluem a cada ano.
Entre as ferramentas inovadoras na formação médica, a realidade aumentada se destaca no estudo em anatomia, proporcionando uma exploração imersiva do corpo humano de forma tridimensional.
Modelos digitais, como aplicativos e programas específicos, estão revolucionando a compreensão dos estudantes sobre os sistemas corporais e seus processos biológicos. Esses programas podem ser utilizados dentro e fora das faculdades, possibilitando um estudo dinâmico e constante. Eles facilitam, por exemplo, a visualização de estruturas anatômicas, já que os modelos anatômicos ou peças anatômicas reais podem representar um grau de dificuldade um pouco mais elevado para quem está iniciando no curso.
Indo além das ferramentas disponíveis em dispositivos móveis, os eventos da área médica também são grandes aliados quando o assunto é o futuro do ensino de anatomia e fisiologia. Exemplo disso é o Congresso Brasileiro de Anatomia e muitos outros que acontecem anualmente, sendo cruciais para debater como as novas tecnologias podem ser incorporadas ao ensino médico, preparando melhor os profissionais para os desafios da rotina.
Criando raízes para uma formação médica de qualidade
A imersão em matérias que formam a base da grade curricular de medicina representa a virada de chave para o sucesso acadêmico e profissional. Os avanços no estudo em anatomia e fisiologia evidenciam a importância de um aprendizado constante, tendo participação mútua entre estudantes e mentores.
Para que a etapa da graduação seja concluída com excelência é importante escolher uma faculdade que apoie e incentive cada passo dessa jornada. E é aí que a Unic entra em ação!
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